Qualidades obrigatórias dos CEOs do futuro.
Pesquisa realizada pela BMI (Brazilian Management Institute) identificou que a formação de lideranças parece ser um assunto primordial no currículo de um CEO. 84% dos diretores e executivos entrevistados admitem que este mesmo processo precisa ser aprimorado em suas empresas.

Uma mudança de perfil se faz necessária para a boa gestão, sobretudo, em tempos de crise.
A liderança deverá estar ancorada na tríade: "mobilização, colaboração e inspiração de liderados". “É menos executor e mais facilitador. Estimula que as equipes encontrem soluções já que não impõe nem ritmo nem caminhos únicos”, diz Daniel Motta à Revista Exame, desta semana. "Não é um maquinista e, sim, um orquestrador".
No entanto, de acordo com ele, não se trata de dicotomia. “Não é para abandonar tudo e, sim, conseguir um equilíbrio. Não colocaria como dualidade. Dependendo da situação, o líder opta por um caminho ou pelo outro”, diz. A questão apontada pelo especialista é que a maioria dos executivos ainda não tem consciência da relevância dos atributos da liderança essencial.
De que departamento virá o CEO do futuro?
Marketing, finanças, vendas, operações, recursos humanos. Qual a área que mais tem chance de “gerar” os futuros comandantes de empresas?
“Essa não é uma reposta única. Com certeza, afirmo que o CEO do futuro é multitarefa, multidisciplinar e voltado a negócios e ao consumidor ou ao cliente”, diz Adriana Cambiaghi, diretora associada da Robert Half. Com tantas opções de produtos e serviços, conquistar (e manter) a lealdade dos clientes já é e tende a ser cada vez mais importante para a sustentabilidade de qualquer negócio.
Neste contexto de preocupação com satisfação e retenção de clientes e consumidores, as áreas de vendas, marketing ganham mais destaque na trajetória dos executivos. Mas não é regra. O preceito da conquista do posto de CEO, segundo Adriana, passa pelo histórico de participação em projetos e desempenho de funções que envolvam diferentes áreas.
As qualidades mais importantes no currículo de um CEO (hoje e sempre)
A capacidade de lidar com mudanças rápidas e ciclos mais curtos;
Visão sistêmica e capacidade de síntese;
Tomada de decisões rápidas com base na análise de dados complexo;
Capaz de fazer gestão de redes igualmente complexas de fornecedores e parceiros;
O foco em resultados permanece importante em qualquer tempo;
Preocupação com clima organizacional e com o bem-estar dos funcionários;
“O CEO do futuro cuida das pessoas, sabe que não se faz nada sem conseguir o engajamento das pessoas”, diz Adriana, diretora associada da Robert Half. Por fim, um aspecto citado pela Coach Mari Martins é o intraempreendedorismo. “A base da motivação é a realização, a vontade de fazer acontecer”, diz.